Quem já se prepara para iniciar a colheita de soja na segunda quinzena deste mês está comemorando o clima, com sol e chuvas esparsas. Diante do cenário a estimativa é de colher pelo menos 7,8 milhões de toneladas do grão. Mas os produtores que precisaram atrasar o plantio por conta da seca e vão colher só a partir de meados de fevereiro podem sofrer novamente com o calor e a falta de chuva, contabilizando perdas na produtividade.
“A gente esperava uma média de 60 sacas por hectare, mas com a seca que deu, no início do plantio, a gente não vai alcançar isso. E se vier uma seca em fevereiro, aí vai reduzir (a produtividade) para 50 a 52 sacas por hectare”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Sidrolândia, Rogério Menezes. Ele explica que a maioria dos produtores do município precisaram atrasar o plantio por conta do clima na época e, consequentemente, vão colher mais tarde e correr o risco de sofrer novamente com os efeitos da seca.
“Se não tiver chuva em fevereiro, prejudica o enchimento do grão de soja. A colheita deve começar em fevereiro e terminar só em março, então, nesse período o grão ainda precisa de chuva”, justifica, lembrando que a estiagem também pode atrapalhar o plantio do milho, que é feito logo após a colheita da soja.