Milho foi um dos cultivos mais afetados pelos problemas climáticos em 2016 (Foto: Arquivo/CG News)
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Mato Grosso do Sul deve cair uma posição no ranking de produtividade na agricultura no próximo ano, passando do 5° para o 6° lugar, com 3.902 milhões de toneladas previstas para o próximo ano, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Segundo o levantamento de safra, mesmo caindo um posto no ranking, a produtividade do Estado será 22% maior se comparada a 2016. Já a área cultivada reduzirá 8,4%, atingindo média de 27,4 mil hectares no estado.
De acordo com o gerente da área de levantamento de safras, Cleverton Santana, as condições climáticas foram os foram o principal agravante da quebra da safra de milho e soja e influenciará no próximo ano. "A falta de chuva influenciou diretamente. No próximo ano, o milho deve recuperar e a soja crescer no Estado, mas no geral, haverá boa produção, dependendo da variação do clima", avalia.
Os Estados com maior produtividade serão o Distrito Federal, com 5.436 milhões de toneladas; Santa Catarina, com produção prevista de 5.048; Sergipe, 4.402; Minas Gerais, com 4,043 e São Paulo, que deve produzir 3.929 milhões de toneladas de grãos.
Milho - Terceiro maior produtor de milho do país, Mato Grosso do Sul atingiu cerca de 71%
da área estimada de plantio do grão, fator que estendeu o plantio até meados deste mês. Contudo, segundo o gerente da Cobab, o Estado deve recuperar a produtividade do grão, com expectativa de colheita superior a 5 mil sacas por hectare, enquanto na 1° safra de 2016 a média foi de 3,1 mil sacas por hectare.
Soja - A oleaginosa tembém deve aumentar a produção, com incremento de 3,8% da área plantada, devido a incorporação de pastagens às áreas de plantio e a não renovação de contratos com usinas de cana-de-açúcar. Cerca de 95% do total da soja para a próxima safra foi plantada até a segunda semana de novembro.
Arroz - O Centro-Oeste é a terceira maior região produtora de arroz do país e o produto sul-mato-grossense, segundo o estudo é de qualidade, mas a cultura está em momento de baixa liquidez, com a dificuldade das vendas causando redução de área nas últimas safras.
Diferente da safra passada, os produtores de algodão e arroz estão com facilidade de acesso ao crédito via banco, de acordo com o estudo. O crédito para custeio está com liberação mais ágil em relação às safras anteriores, com exceção de alguns produtores que não iniciaram o processo de solicitação de crédito antecipadamente, ou acessaram o pré-custeio no primeiro trimestre de 2016.
Em âmbito nacional, a estimativa é de que haja crescimento na safra 2016/17, onde a produção pode alcançar 213,1 milhões de toneladas, crescimento de 14,2% ou 26,5 milhões de toneladas em relação à safra anterior, de 186,6 milhões. A área total plantada também será ampliada, podendo chegar a 59,2 milhões de hectares.